Então ele pediu para eu continuar a punheta e voltamos ao que estávamos fazendo, ele me orientando como queria as alisadas no seu caralho. Ele passou a ponta do polegar no meladinho e me mandou chupar o dedo e eu, é claro, fiz. Chupei o dedo dele como na revista, engolindo e sentindo novamente o melado salgadinho.
- Ele: "Caralho, guri, assim eu vou esporrar!"
- Eu: "Faz de novo!"
Não deu tempo, ele gemeu alto e fez uma puta cara de tesão.
- Ele: "Olha o meu pau soltando leite, olha!"
Eu fiquei punhetando e olhando. Com um gemido alto e longo, o pau dele não espirrou leite como na revista, mas foi escorrendo como uma cascata, como um sorvete de casquinha derretendo e escorrendo na minha mão. Eu fiquei vendo aquela quantidade de porra saindo, descendo pelo corpo do pau onde estava minha mão e acumulando acima dos pentelhos. Eu não sei porque, mas instintivamente eu coloquei minha boca na cabecinha da rola, chupando e engolindo o resto da porra que ainda saía. Minha vontade era engolir todo aquele caralho, mas não coube, então fiquei onde me sabia que dava, chupando a cabecinha. Ele ficou olhando incrédulo. Acho que ele não esperava tal atitude minha.
- Ele: "Tu é foda, guri!"
Eu tirei a boca e punhetei mais um pouco, vendo se saía mais alguma coisa dali. Posso dizer que era uma porra grossa, entre branca e translúcida em alguns pontos. A quantidade era considerável, já que acumulou uma boa parte nos pentelhos e outra boa parte na minha boca. Tomei uma porra salgada e consistente.
- Ele (ofegante): "Por que você fez isso?"
- Eu: "Queria sentir o gosto!"
- Ele (rindo): "Gostou?"
- Eu: "É estranho!"
- Ele: "É assim mesmo! A tia Ana também não gosta!"
- Eu: "Eu gostei, só achei um pouco estranho!"
- Ele (brincando): Gostou, é? Por que não bebeu tudo, então?"
Não era problema algum. Eu fui com a boca em direção ao seus pentelhos e pau, melados com leitinho grosso do Seu Jura. Ele parou a minha cabeça.
- Ele (rindo): "Tô brincando, guri!"
- Eu: "Quero sentir o gosto de novo!"
Ele deitou novamente com a cabeça acima das duas mãos.
- Ele: "Bom, você quem sabe! Achei que tinha achado estranho!"
Eu fui com a minha boca, chupando o pau amolecendo e melado das últimas gostas de porra que saiu. Lambi cada vestígio de porra daquele caralho, deixando ele brilhoso de saliva. Estava geladinha, mas nada incômoda. Agora era a vez dos seus pentelhos cobertos da porra que caiu, que no começo achei ruim, devido aos pêlos que se soltavam e entravam na minha boca. Nada me impediu, eu tirava o pêlos soltos de dentro da boca e voltava a lamber, até deixar tudo limpinho. Não contente, ainda tive vontade de sentir o gosto das suas bolas e fiz, com linguadas em todas as partes possíveis.
- Ele: "Chega! Deita aqui e descansa um pouco!"
Ele ficou de lado e me ajeitou na sua frente, de conchinha no sofá e ficamos ali nos recuperando do que tínhamos feito. Eu estava de boa, ele parecia que tinha chegado do trabalho, suado e ofegante. Sentia o contraste do seu pau geladinho e mole na minha bunda em relação a seu corpo quente nas minhas costas. Depois de uns 10 minutos, ele levantou do sofá e ficou me olhando, curioso para ver minha reação depois de todo aquele frenesi.
Ele foi na poltrona e pegou a sua cueca de dentro do shorts e se limpou com ela. Vi ele passando ela em por todo o corpo, secando o suor dos braços, sovacos, virilhas, bunda, pau, saco e pentelhos. Pegou a camiseta e pediu para eu subir no sofá. De frente e peladão, limpou o meu rosto e o meu pinto.
- Ele (rindo): "Porrinha de guri! Nem lembro mais quando eu era guri e saía essa porrinha rala!"
- Eu (curioso): "Por que a sua é diferente?"
- Ele: "Diferente como?"
- Eu: "Branca, grossa, parecia creme de leite!"
- Ele: "É leite de pica de adulto, logo a sua ficará assim!"
- Eu: "O gosto é estranho!"
- Ele (brincando): "Tem gosto de creme leite?"
- Eu: "Não, é bem salgada!"
- Ele: "É assim, tem gente que gosta e outras, não!"
- Eu: "A Dona Ana já tomou?"
- Ele: "Já tomou algumas vezes, mas ela não gosta também!"
Ele foi conversando e me limpando com todo carinho.
- Ele: "Olha, não quero que você faça bobagem por aí! Um dia, você vai conhecer alguém legal da sua idade que vai cuidar de você, beleza?"
- Eu: "Beleza!"
- Ele: "Promete pra mim que você vai estudar, brincar e não vai fazer isso com mais ninguém!"
- Eu: "Tá, Seu Jura!"
- Ele (rindo): "Não me chama assim, me sinto um idoso! Me chama de tio !"
- Eu: "Tá bom, tio!"
- Ele: "Quer tomar um café?"
- Eu: "Não vamos vestir as roupas?"
- Ele: "Quer ir embora?"
- Eu: "Não!"
- Ele: "Nossos corpos estão quentes e se colocarmos roupa, vamos suar. Espera um pouco! Tem vergonha de mim?"
- Eu: "Mais ou menos!"
- Ele: "Quando não tem ninguém, eu fico pelado em casa!"
Eu fiquei um pouco envergonhado, confesso, mas ele era uma das minhas referências. Como ele estava pelado, quis ser como ele e não ligar. Fomos em direção a cozinha, eu me sentei e ele foi na pia e pegou 2 copos e serviu com café.
- Ele: "Quer café?"
- Eu: "Quero água!"
- Ele: (rindo): "Pô, agora você já é homem. Já teve sua primeira sacanagem e tem que tomar café!"
- Eu: "Tá!"
- Ele: "Eu tô brincando. Vou por água!"
- Eu: "Eu quero café!"
Eu queria ser como ele, tomar café como ele. No meu copo, ele colocou café até a metade e foi até a geladeira, completando o restante com leite. Se sentou na quina da mesa, quase ao meu lado e começamos a conversar.
- Ele: "Então, gostou?"
- Eu: "Falta açúcar!"
Ele se divertia comigo e foi pegar o açúcar, colocou uma colher no meu café e se sentou novamente, rindo.
- Ele: "Tô perguntando se gostou do que aprontamos!"
- Eu: "Gostei!"
- Ele: "Gostou mesmo?"
- Eu: "Aham!"
- Ele: "É disso que você gosta?"
- Eu: "É, tio! Você gostou?"
- Ele: "Que bom!"
- Eu: "Você gostou?"
- Ele: "Eu gostei! Nunca tinha feito com homem!"
Eu fiquei todo orgulhoso de ouvir aquilo. O homem que eu mais admirava no mundo, dizendo que gostou de estar e fazer coisas comigo.
- Ele: "Fiquei curioso, o que você imagina quando bate uma punhetinha pensando no tio?"
- Eu: "Ah, tio! Penso em muitas coisas!"
- Ele: "O quê? Não vai confiar em mim mesmo?"
- Eu: "Ah, tio! Eu imagino eu viajando e dormindo com você no caminhão, também fazer umas coisas!"
- Ele: "Fazer o quê? Quero saber!"
- Eu (envergonhado): "Tomar banho junto, pegar e lavar seu pinto. Depois ir para o caminhão, chupar seu pinto, bater uma punheta, te beijar e dormir pelado com você!"
- Ele: "Beijar como?"
- Eu: "De boca aberta!"
- Ele (rindo): "Você já beijou alguém na boca? Já beijou o Gustavo?"
- Eu: "Não! Nunca beijei o Gustavo!"
- Ele: "Você sabe o que significa quando o beijo é de 'de boca aberta'?"
- Eu: "Que você ama a pessoa, né?"
Ele: "Isso mesmo!"
Eu tenho certeza que ele caiu na real, era uma discussão profunda para se explicar a um garoto. Existem muitas camadas entre beijos por tesão ou amor, assim como acontece no sexo. Às vezes isso acontece porque é bom de fazer, dá tesão, outras vezes porque amamos alguém e se torna algo que diferencia aquela pessoa de outras em sua vida, mas quando acontece ambos com a mesma pessoa, é sublime. Ele decidiu manter o meu mundo lúdico e não argumentar, eu aprenderia com o tempo.
- Ele: "Vem cá!"
Pegando na minha mão e puxando, ele foi me trazendo para perto dele, me deixando em pé entre seus joelhos, quase perto do seu corpo.
- Ele: "Quer um beijo de amor?"
Eu atônito, sinalizei que sim, não acreditando. Eu já tinha me acabado na punheta pensando nele fazendo coisas comigo, inclusive beijar. Ao saber que aquilo estava prestes a acontecer, eu me tremia todo e voltei ao mesmo nervosismo de antes.
- Ele: "Vai achar estranho também, mas tudo é estranho na primeira vez!"
- Eu (na expectativa): "Aham!"
- Ele: "Deixa rolar e vê como eu faço, tenta fazer igual!"
Ele foi se aproximando com o rosto, mas eu nervoso para todo o caralho, comecei a falar, queria tirar algumas dúvidas.
- Ele: "Apenas relaxa!"
Ele pegou na minha nuca e me puxou contra sua cabeça, encostou os seus lábios nos meus e foi me dando uns beijinhos. Eu pude sentir a barba dele roçando no meu rosto. Ele abrindo a boca, colocando a língua dentro na minha boca. Não sei explicar, mas foi automático. Eu chupei sua língua e pude sentir a textura e o sabor da sua língua, beijo com gostinho de café. Eu amava ele com o meu primeiro beijo e posso garantir, a sensação foi mais intensa do que qualquer outra coisa que tinha rolado antes. O beijo foi rolando gostoso e eu tentava reproduzir conforme ele me mostrava algo. Eu abria os olhos querendo ver seu rosto pertinho, ver ele beijando. Eu estava afoito, curioso, excitado. Ele abriu os olhos e me viu.
- Ele: "Fecha os olhos! Sente o beijo!"
Fechei os meus olhos e voltamos de onde paramos, num beijo gostoso. Eu no começo, achei tudo muito diferente e mesmo sendo muito cabaço, tinha certeza que tinha gostado e seria uma coisa que pretendia fazer pelo resto da minha vida.
Ele parou de repente e começou a rir, provavelmente por me ver de olhos fechados e com a boca aberta querendo mais. Eu não entendi nada do que aconteceu, mas me sentia muito bem!
- Ele (rindo): "Gostou?"
- Eu: "Gostei!"
- Ele: "Quer mais um?"
- Eu: "Quero!"
- Ele: "Por que você quer mais um?"
- Eu: "Quero sentir o gosto da sua boca!"
- Ele (rindo): "Opa, uma boa resposta! Mais um, então!"
Me puxou novamente contra ele e foi mais fácil, afinal, eu já sabia como fazer. Isso no começo, pois ele me abraçou, me colando no seu corpo quente e beijando com a boca mais aberta, passando a língua por todos os lugares dentro da minha boca, inclusive roçando na minha língua. Durante as respiradas, ele parava esse beijaço e chupava minha língua. Eu queria falar que ele estava me lambuzando minha cara de saliva, mas ele não deixava eu sair do seu abraço. Eu sei que a minha mão tomou vida própria e foi em direção ao seu pau mole e quentinho, alisando e fazendo carinhos, como uma punhetinha safada. Não demorou muito para o pau dele começar a ganhar volume.
- Ele: "Pronto! Gostou?"
Eu estava doido pra encostar nele novamente, beijar e sentir aquelas sensações gostosas de estar com alguém. Era a minha primeira vez em tudo relacionado a sentir algo por outra pessoa.
- Eu: "Gostei! Podemos mais uma vez?"
- Ele: "Quer um beijo ou um amasso?"
- Eu: "Não sei!"
- Ele: "O primeiro foi mais um beijo, o segundo foi um amasso, com pegada!"
- Eu: "Eu quero o segundo!"
Não posso falar por ele, mas eu acho que assim como eu, ele estava se deixando levar, curtindo e vendo o que rolava. Experimentando algo pela primeira vez. Claro, ele tinha os seus limites, mas se eu tivesse mais conhecimento e se dependesse de mim, ele teria me comido.
- Eu: "Última vez!"
No terceiro beijo foi o mais gostoso. Rolou da forma mais espontânea e sem qualquer medo da minha parte, afinal, dois beijos já tinham rolado momentos antes. Minha mão foi certeira no seu pau e apesar dele tentar resistir, acho que o tesão foi mais forte. Após alguns carinhos em forma de punheta, o caralho voltou a sua rigidez máxima. Ele gemia e pegava na minha bunda e passava a mão no meu pau.
- Ele: "Vai lá e pega minha cueca na sala!"
Eu fui correndo e peguei, entregando em sua mão. Ele colocou ela em cima da mesa e pegou a minha mão e colocou no pau quase duro e melado e com a sua mão por cima da minha, ficou punhetando.
- Ele: " Agora você vai experimentar fazer isso de outra maneira!"
Ele puxou o meu rosto como antes e nos beijamos e como eu não tinha experiência alguma, larguei o pau e ele parou o beijo.
- Ele: "Tem que fazer os dois juntos! Beijos e punhetas!"
Voltamos a nos beijar e ele foi me ajudando a punhetar seu pau. Foi meio difícil se concentrar em duas coisas, mas como tudo na vida, vamos aprendendo e nos adaptando. Contudo, mesmo perdido, eu aprendia apreciar essas coisas sutis dentro de uma relação, como sentir o calor do corpo e o cheiro, principalmente nele, onde tudo me agradava. Entre amassos e punheta, ele tirou a mão de cima da minha e começou a alisar meu pau e punhetar. Claro que eu não me aguentei e gozei. Ele continuou me alisando com a sua mão melada da minha porra, ou do projeto de porra que saiu pelo meu pau.
- Ele: "Tô quase gozando! Pega a minha cueca!"
Quando entreguei ela em sua mão, ele abriu na palma da mão e posicionou embaixo da cabecinha enquanto se gemia e punhetava. Com outro gemido alto e longo, ele esporrou como na cueca e desta vez, eu pude ver tudo. Pude ver todo o esplendor de um caralho de um homem de verdade produzindo leite, assim como na revista. Enquanto saia porra, ele gemia e a medida que diminuía a quantidade porra expelida, o mesmo acontecia com o volume dos seus gemidos. Se me lembro bem, ele "lavou" a cueca com sua porra, depois dobrou, colocando-a na coxa e ficou um tempo sentado, me olhando e se recuperando da nossa safadeza. Levantou da cadeira e com a cueca dobrada, começou e se limpar como da primeira vez, passando ela por todo o corpo, principalmente na rola. Fez o mesmo em mim.
- Ele: "Fazia tempo que eu não gozava duas vezes no mesmo dia!"
- Eu (curioso): "Por quê?"
- Ele: "Porque eu tô velho!"
- Eu: "Você não é velho!"
Ele sorriu e voltou-se a sentar na cadeira, me olhando.
- Ele: "Confio em você, guri! Você entende que, o que o tio fez hoje é muito errado!"
- Eu: "Você não fez nada..."
- Ele (interrompendo): "Apenas escute! Fiz, sim e um dia você vai entender o que eu estou dizendo! Mas também vai entender o porquê eu fiz, isso é o mais importante!"
- Eu: "Eu sei, tio!"
- Ele: "Quero te dar um coisa, mas assim como não pode contar para ninguém, não pode mostrar. É seu!"
Ele pegou a cueca dobrada e colocou na minha mão.
- Ele: "Você entendeu o que eu disse?"
-Eu; "Sim!"
- Ele: "Você ama o tio?"
- Eu: "Amo!"
- Ele: "Então guarda ela num lugar que só você sabe e toda vez que você pensar em fazer o que fizemos hoje, bate uma punhetinha cheirando ela!"
- Eu: "Por que?"
- Ele: "Você vai sentir o cheiro do tio e vai lembrar do que fizemos!"
Eu fiquei feliz e segurei aquilo como se fosse uma barra de outro. Apesar de bobinho, eu tinha noção do que tinha acabado de acontecer.
- Eu: "E se eu quiser de novo?"
- Ele: "Não vai ter outra vez, o tio não pode mais fazer isso. Como eu disse, um dia você vai conhecer uma pessoa legal, da sua idade e que gosta de você! Tudo no seu tempo!"
- Eu: "Tá bom! Quer a minha cueca?"
- Ele (rindo): "Não precisa, o tio tem a calcinha da Tia Ana!"
- Eu: "Você bate punheta cheirando a calcinha dela?"
- Ele: "Ás vezes, quando o tio tá sozinho, cheira a calcinha dela e soca uma!"
Ele viu minha reação ao falar de calcinha e buceta.
- Ele: "Quer uma calcinha dela? Pego uma bem fedida de buceta pra você cheirar e socar uma!"
- Eu (com nojo): "Não!"
Ele riu demais.
- Ele: "Dá uma abraço no tio!"
Nos abraçamos e ele quase me esmagou, o verdadeiro abraço de urso.
- Ele: "Tenho um baita carinho por você, guri!"
Se levantou, colocou os copos na pia e fomos para a sala. Então ele como um paizão, me limpou usando a sua camiseta, com um carinho imenso e me ajudou a vestir cada peça de roupa. Ele vi que ele abaixou para pegar o shorts, mas eu peguei primeiro e ajudei ele a se vestir, assim como ele tinha feito comigo. Fiz o mesmo com a camiseta. Ele ficava bem surpreso das minhas ações. Depois pegou a sua cueca da minha mão e colocou dentro da minha cueca, cobrindo a minha bunda.
- Ele: "Tem um lugar para guardar isso?"
- Eu: "Tenho!"
- Ele: "Onde é?"
- Eu: "Tenho uma caixa de madeira com chave na minha gaveta!"
- Ele: "Ótimo! Quando chegar na sua casa, tira ela daí e guarda lá. Ninguém pode saber do nosso segredo!"
- Eu: "Ninguém mexe lá!"
Fomos para a cozinha e eu não queria que aquilo acabasse. Ele bebeu outro copo de café encostado com a bunda na pia, me oferendo outro.
- Eu: "Pode ser no seu copo!"
Se eu já era apaixonado por ele, imaginem depois de tudo o que aconteceu. Ele colocou mais café e leite gelado e sentou na cadeira, me esperando tomar tudo. Ficava me olhando com uma ternura, bem querido e pensativo.
- Ele: "Sabe que pode contar comigo, guri!
- Eu: "Sei, sim!"
- Ele: "O tio aprontou muito e só tomei juízo quando conheci a tia Ana. Nunca fui primeiro em nada na minha vida, mas fico feliz e posso dizer com orgulho, que fui o seu primeiro!"
E continuou.
- Ele: "...fui seu primeiro homem, seu primeiro pinto, sua primeira porra e o principal, o seu primeiro beijo de amor de muitos que virão um dia, tenho certeza!"
- Eu; " Eu sei disso, tio!"
- Ele: "Não vai esquecer de mim!"
- Eu: "Nunca! Eu quero ser igual a você!"
- Ele (brincando): "Feio e gordo?"
- Eu: "Você não é assim! Quero ser bonito, legal e ter um caminhão!"
Ele me puxou e deu um puta abraço, tão apertado quando o outro e eu retribuí, tentando apertar aquele homem imenso.
- Eu: "Você é meu segundo pai!"
Notei que ele se emocionou e não quis me mostrar. Para disfarçar, se levantou e me deu um tapa na bunda, dizendo que tinha que descansar.
Fomos em direção a porta e ao sair no quintal, ele me levantou até o alto do muro, me pegando pela bunda, com uma força que fazia com que parecesse algo simples e leve. Antes de descer no meu quintal pela árvore, olhei e dei tchau. Ele piscou, sorriu e me mandou um beijo, virou e entrou na sua casa.
Entrei correndo em casa, avisei que tinha chegado e fui correndo para o meu quarto que compartilhava com meu irmão, fechei a porta e tirei a cueca de dentro do meu shorts e cheirei. Tinha o cheirinho dele e ainda estava úmida. Coloquei ela dobrada dentro de uma meia velha e tranquei na caixa de madeira feita pelo meu avô. Essa caixa foi um presente de aniversário do meu avô, que era marceneiro e fez para eu guardar todos os piões de madeira que ele confeccionava.
Naquele dia, a caixa onde eu guardava coisas importantes, ganhou mais uma coisa valiosa.
Ninguém nunca me tratou tão bem como ele, além da minha mãe, é claro. Ele de uma maneira mais que especial e diferente, pois sacou a minha orientação sexual mesmo antes de eu entender o que significava. O mais gratificante e que ele não mudou nada, nunca me tratou de forma diferente mesmo depois d e saber e principalmente, do nosso rolo. Continuava pedindo aos meus pais para deixar eu brincar na rua sob sua supervisão ou ajudá-lo com o caminhão. Eu gostava tanto de ficar com ele e deixava de brincar com meus amigos para ajudá-lo. Com o tempo, fiquei mais próximo da tia Ana que também me tratava super bem. Eu procurava ajudá-la quando o tio Jura estava viajando, retribuindo todo o amor que ele me transmitia.
Sei que muitos que leram, vão julgar por inúmeros motivos e principalmente pela diferença de idade, entre outras coisas.
Hoje, sabendo de tudo o que sei e com uma experiência de vida, sei que ele foi a melhor coisa que poderia ter me acontecido. Tive uma puta sorte do primeiro amor e sexo ter vindo de uma pessoa especial e que me tratava muito bem, melhor que o meu próprio pai. Não houve maldades e nada foi forçado, tudo foi consentido por mim e com muito amor. Perto da juventude, tive algumas experiências sexuais e muitas foram boas, outras ruins, mas nenhuma especial como a que tive com ele.
Mesmo se não rolasse mais nada entre nós, meu amor e admiração pelo tio Jura nunca seria afetado. Ele era o exemplo do homem que eu queria me tornar. Na adolescência, quando minha sexualidade aflorou de forma plena, comecei a me entender e ter certeza que eu sempre gostei de homens como ele, mais velhos, gordinhos e peludos. Foi nesse mesmo período que eu tive a real dimensão do que ele fez por mim e me senti agradecido por ele ser o meu mentor, mesmo sendo um homem hétero. Compartilhou um pouco da sua sabedoria, experiência, amor e até seu corpo para fazer um garoto perdido, feliz.
Quando penso nele, chego a seguinte conclusão: Ele é o homem que abriu mão da essência do homem hétero e da sua vaidade de homem casado, para ajudar um garoto gay que estava cercado de preconceitos e ignorância.
Meu pai nunca foi ausente, mas era impossível ter uma conversa com ele sobre mim, sobre os meus interesses de homem gay. Aliás, ele nunca soube de mim, apenas desconfiava. Tio Jura era essa figura paterna, meu ombro amigo, meu melhor amigo. Não era só festas e risadas, levei muitas broncas e sermões quando fazia besteiras e o respeito por ele nunca foi afetado. Abaixava minha cabeça, ouvia e prometia resolver e ser uma pessoa melhor.
Enfim, quando eu tinha 15 anos, recebi uma péssima notícia. Ele me contou que voltariam para o Paraná por causa do seu sogro que estava doente e morariam com eles, para sua esposa cuidar do pai. Aquilo foi um baque, até pensei em pedir para ir morar com eles. Não tê-lo por perto era doloroso. Eu ajudei em cada processo da mudança e um dia antes deles partirem, meus pais providenciaram uma despedida, tipo uma festa apenas com as pessoas mais próximas da rua. Apesar da alegria de todos, eu me dava conta da situação com o coração despedaçado. Lembro de pedir licença todos e chamei ele até meu quarto, pois eu queria me despedir do meu melhor amigo. Mal comecei a falar e meus olhos ficaram marejados.
- Eu: "Quero te agradecer por tudo!"
- Ele: "Eu sei, guri!"
- Eu: "Não, você não sabe! Hoje eu tenho a noção do que você fez por mim!"
- Ele: "Fiz e faria tudo de novo, guri!"
- Eu: "Nunca vou esquecer de você! Será sempre a minha referência!"
- Ele: "Você já é um homem e tô orgulhoso!"
- Eu: "Sabe que ainda te amo, né?"
- Ele: "Sei! Te amo também e sabe disso!"
Nos abraçamos, ele com seu abraço de urso forte e eu chorando como se o mundo tivesse acabado. Lembro que mostrei a cueca pra ele, que não acreditou que eu ainda guardava. Ficamos alguns minutos trocando elogios e carinhos, nada sexual, apenas uma sensação que parte de mim estava sendo tirada. Lembro que na manhã da viagem, eu tinha comprado algumas coisas gostosas na padaria, para que eles pudessem comer durante a viagem. Claro, antes de entrar no caminhão, após se despedir da tia, mais um abraço longo e muito choro da minha parte. Vi o seu caminhão sumindo no final da rua, levando embora meu melhor amigo, o meu primeiro amor.
Em casa, minha mãe foi no quarto e ao me ver arrasado, me consolou. Ela me contou sobre uma certa conversa com a tia Ana. Minha mãe tinha perguntado a ela se eu estava incomodando o tio, já que eu passava tanto tempo com ele. A tia Ana cortou minha mãe e disse para não fazer aquilo, pois era o tio que fazia questão de me ter por perto, afinal, ele me adorava de paixão, como um filho. Ela não sabia explicar o porque e não quis ser indelicada, mas o tio dizia ter um senso de responsabilidade sobre mim, ficar de olho e me me manter ocupado, aprendendo alguma coisa.
Não sei se minha mãe se ligou, afinal, dizem que as mulheres sacam quando o filho é gay. Reavaliando muitas coisas da época, eu sei que o tio não contou para a esposa sobre o que fizemos, por motivos óbvios, mas é quase certeza que ele tinha mencionado sobre a minha sexualidade. Era um senso de proteção total sobre mim, desde as amizades a me manter ocupado.
Eu, provavelmente com ciúmes, disse que não seria problema, logo ele teria os próprios filhos e me esqueceria. Ela me relatou que eles não podiam ter filhos e eu não entendi muito bem. O tio Jura era estéril, já que a tia tinha perdido um filho de outro relacionamento. Eles queriam ter filhos, mas apesar de não ter feito exames, ela sabia que o problema era com ele. Eu fiquei solidário, eles seriam ótimos pais.
Foram algumas cartas e telefonemas nos primeiros anos e assim como tudo na vida, com o trabalho e responsabilidades, fui perdendo o contato. Eu nunca mais soube deles e isso tem mais de 25 anos. Se ele está vivo, está bem idoso. Independente disso, eu adoraria vê-lo novamente para agarrar e dar um abraço de urso, assim como ele fazia, bem apertado. Teria a oportunidade de agradecê-lo inúmeras vezes, repetidamente, por tudo o que ele me proporcionou e saber o que aconteceu em todos esses anos.
Tentei achá-los pela internet, mas sem sucesso e até hoje eu penso neles com carinho, principalmente tio Jura. Eu ainda tenho a sua cueca e guardo com um puta carinho, na mesma caixa de madeira "secreta", só que agora, dentro do guarda roupas em minha casa. Nunca lavei e já bati inúmeras punhetas esfregando ela na minha cara. Eu não sei ainda tem o cheiro dele, até porque, perdi a referência, mas sempre que cheiro, lembro dele fazendo amor comigo.
Tio Jura sempre será meu primeiro em tudo!
Uma puta saudade dele!
Que coisa mais linda, fui do tesão as lágrimas, que garoto de sorte, teve uma linda experiência sem culpas e sem dor e o melhor com o primeiro amor da sua vida, que realização. Que homem maravilhoso esse caminhoneiro. Parabéns e obrigado por essa linda história.
ResponderExcluirSeu Jura vive no meu coração, cara! O que ele me proporcionou, nem pessoas com quem tive intimidades depois de uma vida sexual ativa, conseguiu. Ele foi o meu 1⁰ amor!
ResponderExcluirLinda história! Grato por dividir aqui.
ResponderExcluirPelos seus contos e sua forma de interação no Insta percebesse que você é uma pessoa boa. Seu companheiro tem sorte.